O mundo mudou...
E eu posso sentir isso não apenas nos elementos da natureza, como um grande autor já descreveu, mas dentro de mim.
O que eu acreditava que era pra sempre acabou como se nunca tivesse começado, me jogando para baixo com força avassaladora. Mas não me enterrei: guardei alguns punhados de terra (pois eram diamante e ainda parecem ser) e reencontrei tesouros. Foi estranho, fiquei solta e perdida demais nessa prisão, mas aprendi mais sobre as pessoas. A essência humana não é aquilo que eu via...
Falando em estranho, o que eu achava que era impossível, aconteceu.
Fico eu, tão racional, divagando sobre emoções impossíveis, mas tão reais que me trazem as verdades do medo, da alegria, da angústia e da paz. E também da esperança, que as maquia de modo a não deixá-las tão impossíveis assim. O que é real e o que é sincero não são o que eu julgava que fossem...
E a materialidade de tudo: "eu quero uma casa no campo".
Preciso estar comigo, com a chuva, os livros, a música e só. Mas sou urbana, dada a prédios, movimento e barulho. Minha vida gira em torno do novo urbano. Eu estudei economias de escala e gostei (embora não expliquem minha descoberta sobre mim)...
O conceito do mundo sobre mim também mudou.
É difícil conviver com mudanças concomitantes. A velha essência corre tanto risco...
Mas sorrir, dançar e cantar continuam sendo meus maiores prazeres. E o conceito de iluminar continua incógnito. Só o Sol permanece. Engraçado que eu sonhei que, após um eclipse, o Sol liberava uma bola de fogo que, além de queimar parte da cidade, me tornava invisível e inaudível a todos: só alguns puderam me ouvir baixinho após eu muito insistir em mostrar que estava lá.
Confesso que ser invisível não é problema ao lado de fortes sentimentos. O coração pulsando é audível e explica tudo por si só. Mas, como todas as coisas têm se mostrado mutáveis e mutantes (eu sinto isso no ar), talvez um eclipse seja mesmo um risco imenso. Só espero sempre ter minha amiga razão para esclarecer tudo sem tentar se mostrar melhor ou mais eficiente que essa nova companheira, que sempre esteve lá, mas tinha vergonha de dar a palavra final: a emoção.
Aqui estou, para falar do que se passa em mim, do que não está no meu mundo e do que está no mundo. Tudo com o ponto de vista único e só meu e tão comum.
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