sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Deixando 2011 para trás

Este ano é o primeiro e talvez o último, porque é promessa de Ano Novo não contar mais.
Mas, como escrever é tudo o que posso fazer, vamos às palavras.

Não é uma questão de PERSPECTIVA.
E até agora só tenho EXPECTATIVA de que alguém leia.


É questão de burrice mesmo. Jamais entenderei o que aconteceu.

Antigamente eu soube exatamente explicar o que foi.
E hoje entendo o lado de lá.
E perdoei! E pedi perdão! E gosto!
Não tem nada melhor que recuperar amizades perdidas.

Mas parece que o trade-off exige que assim seja.

E agora eu jamais saberei a história inteira.
Ou fui inocente demais pra achar que o todo era maior que a parte, que o fato, que o momento.
Let It Be, eu disse.
Até por que, "in the end, the love you take is equal to the love you make".
Mas aprendi que não.

Ou aprendi que não fiz nada do que achei que fazia.

Mas aprendi as duas coisas:
Nunca captam tudo do que fazemos,
E nunca sabemos exatamente o quanto e quanto estamos afetando os outros.

Foi uma surpresa, um baque, uma tristeza que achei que ser iria com o tempo, mas não se foi.
Sabe quando você briga com alguém e logo depois a pessoa morre,
Sem você ter nunca tido a oportunidade de se reconciliar?
Foi isso que aconteceu.
A verdade dos fatos se perdeu no além.

Eu não esperava a morte.
Ficou o rancor e a espera.
A união versus a solidão.
As palavras más que aumentam e o rancor que amplifica - estes dos dois lados.

Mas a morte veio, estampada e orgulhada pelo outro lado.
Ficou, arranhou e esperei.

Tentei do meu jeito entender as coisas.
Mas não é da minha alçada esse mérito.
A espera foi considerada fraqueza minha, tolice.
Me tornei errada por reclamar.
E não mereci julgamento ou perdão, só esquecimento.

As desculpas que eu esperava dar? ILUSÃO.
Não foram pedidas, nem dadas: EXCLUSÃO.


E assim que deixamos de ser lados.
Moedas têm lados, e elas são uma coisa só.
Eu estou comigo e com outros.
Não tenho mais parte com eles.
Contra a minha tola vontade, eu sei.
Mas não tive armas para fazê-lo.

Era esse o desejo: que assim seja.

A sabe-tudo aqui adoraria saber porquê.
É chato deixar de ser Hermione justamente pelo não-saber.

Mas agora, economista, economizarei esperanças para um ano melhor.
Sem tolices.