Eu sou sem vergonha
Eu não tenho vergonha de amar
Não tenho medo de gritar, falar, escancarar, poetizar
Eu não tenho pudores pra pedir informação
Paro, e peço, apelo, imploro, exijo atenção
Eu falo em rimas!
E, num segundo, me canso delas.
Mas não tenho vergonha de escrever.
Escracho, desembaraço, me perco, me mostro, me nego.
Tudo sem vergonha, preto no branco, rubro no liso.
Eu não tenho vergonha de parar e pensar
Eu canto no ônibus
Eu canto na rua
Eu canto pra quem quiser ouvir.
E danço.
Ah! Eu não tenho vergonha de me mexer
E não tenho vergonha de sentir
E me machuco, me misturo, enalteço, estremeço.
No ritmo! Ou fora dele, tanto faz, eu não tenho vergonha.
Eu ouço a opinião alheia. Levo em conta, aprendo.
Eu não tenho vergonha de admitir quando estiver errada.
Mas eu não tenho vergonha de ser a única certa.
Nem medo de ter a opinião contrária.
É por isso que sou assim, sem vergonha.
Não passo perfumes, não uso colônias.
Calça jeans, tênis e camiseta.
Mas o vestido curto? Também não tenho vergonha.
Estudo, pergunto, discuto. Acadêmica.
Leio, e como leio! Sem vergonha.
E também ouço músicas antigas. E algumas novas, sem medo.
A verdade é que eu tive que ter muita coragem pra não ter vergonha de mentir assim
Que algumas coragens aparecem em meio a tantos medos...
Mas eu admito.
Porque não tenho vergonha.
Lindo!E se é assim, eu também sou sem vergonha!!!!!
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