Esse post eu escrevi há mais de um mês no meu caderno, no ônibus. Mas enrolei pra digitar, o anterior foi mais urgente e só agora estou aqui novamente. Mas não quero que ninguém que interprete seu conteúdo no contexto mais recente, mas perceba que é uma indagação muito mais atemporal e complexa do que pode parecer à primeira vista.
É engraçado como existe uma linha tênue entre tantas coisas. Não sei se são intrínsecas, mas vamos aos exemplos:
- O que existe entre a aceitação da realidade e a acomodação que impede a mudança?
- Qual a diferença entre o otimismo que espera o melhor das coisas e/ou acredita que o que está por vir irá melhorar, e os sonhos utópicos dos delírios de um lunático?
- Qual o prazer que existe na entrega aos desejos e qual a felicidade de quem só encontra prazer quando se entrega a tais desejos?
- O que separa a caridade da tolice?
- Quando podemos saber a diferença entre o que é melhor "para mim" ,o que é melhor "para nós", e o que é melhor "para eles"? Afinal de contas, por mais esforçados, sentimentais e compreensivos que sejamos; conhecedores da mente humana, amigos íntimos e entendidos do sujeito em questão (etc), jamais conseguiremos pensar como outra pessoa e entender o que se passa na cabeça dela (pensando cabeça como metonímia da totalidade de pensamentos e sentimentos do ser humano). Mas então, não devemos aconselhar, ensinar, nem julgar em nenhuma instância?
- O que há de errado no egoísmo, quando este se justifica como a vontade de ser melhor do que os outros, sem prejudicá-los? E o que há de certo?
E o conceito mais difícil de todos: a LIBERDADE!
Quando livres pra fazermos o que quisermos, quem guiará nossos passos, nossa cabeça ou nosso coração? E o que comanda cada um deles? Afinal, vivemos num conflito interno bastante comum, e como diferenciar o que é nossa concepção, do que é nossa vontade, do que é aquilo que refletimos da sociedade? E o quais as vantagens e desvantagens de cada aspecto? De que adianta fazer B negando A e nunca mais poder mudar de idéia? Mas e o que adianta nunca fazer escolhas e passar a vida "acumulando" todas as oportunidades? E por que negar A? O coração ou a cabeça que quer isso?
A liberdade é realmente muito complicada porque as escolhas, essas sim, nos deixam sempre presos à satisfação ou ao arrependimento.
Essas linhas tênues nós nunca conseguiremos desenhar. Mas nossa conduta se equilibra sobre elas, e é crucial percebê-las, discuti-las e pensar, pensar, pensar...
Aqui estou, para falar do que se passa em mim, do que não está no meu mundo e do que está no mundo. Tudo com o ponto de vista único e só meu e tão comum.
Concordo com a existência dessas linhas que vc fala.
ResponderExcluirMas eu não acho que a gente tem que preocupar de que lado de cada uma dessas linhas estamos. Acho que devemos apenas fazer o que achamos certo, ou melhor e deixar que isso nos coloque na linha que tivermos de estar. Não adianta querer estar em um lugar ou outro quando no fundo estaremos onde a vida nos levar.
A liberdade: já dizia Humberto Guessinger: "Pensei que era liberdade, mas na verdade, eram as grades da prisão". Acredito que liberdade é muito relativo, às vezes estamos sendo completamente manipulados e achamos que somos livres e fazemos o queremos. Por outro lado, diversas vezes temos total liberdade de escolher e nos sentimos presos nas opções que temos. Quando precisamos de conselho, não perdemos o sentimento de liberdade ao ser guiado por alguém. Quando nos sentimos forçados a fazer o que esse guia fala, achamos que não temos liberdade. Mas acho que no fundo não somos nem livres nem presos, "somos o que podemos ser, sonhos que podemos ter"... rsrsrs, cismei com engenheiros hj.
Por fim, se ainda não tiver visto um filme que se chama o Show de Trumam, assista, é bem interessante e tem a ver com essa história de liberdade.
Tami, seus posts são mto difíceis, acho que esse assunto foi mais phoda, sempre acho que meus comentários ficam ruins, sofro com metonímia, sofro que eu sei o que é por causa de sociologia, rsrsrs
bjosss