E cá estou, numa recém onda de frustrações de uma fase tão complicada da vida: a saída da adolescência para uma vida adulta. Não sei lidar com responsabilidades e, embora elas ainda não existam, é como se eu já tivesse que decidir por elas. Não sei o que será do meu futuro, mas eu já não vou crescer mais que isso e é como se eu já tivesse que saber. Ainda estudo, mas agora tenho que estudar pensando no trabalho, e esse é cada vez mais real no meu cotidiano. E o coração...esse sempre tão esquecido, clama por um preenchimento, embora esse pedido pareça cada vez mais insuficiente, bobo e errado. Já sei falar de sexo, pensar em filhos, trabalhar, administrar meu próprio dinheiro, sair sem precisar pedir aos pais, resolver meus problemas e muito mais. Engraçado para apenas 1.52m não é? Mas o futuro sempre tão bem planejado hoje se mostra à minha frente exigindo soluções em tempo real. E a única solução que vejo é tentar não matar o meu desejo no turbilhão de fatos racionais que vivo a solucionar. E ao mesmo tempo manter a razão, pois a emoção de finalmente me responsabilizar às vezes me deixa perdida.
Pra piorar, não tenho nem metade da retórica e do talento dos meu 15 anos. São 20 anos, e esses 5 anos exigem excelência, inteligência e objetividade.
Por enquanto é só, mas espero ser muito mais.
Aqui estou, para falar do que se passa em mim, do que não está no meu mundo e do que está no mundo. Tudo com o ponto de vista único e só meu e tão comum.